quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Santa Missa

Postado Por: Marcelo Moura  |  Em:


A SANTA MISSA


Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que representa a pessoa de Cristo, para celebrar a memória do Senhor. Por isso, a esta reunião local da santa Igreja aplica-se, de modo eminente, a promessa de Cristo: "Onde dois ou três estão reunidos no meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18, 20). Pois, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está realmente presente tanto na assembléia reunida em seu nome, como na pessoa do ministro, na sua palavra, e também, de modo substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas.

RITOS INICIAIS

PROCISSÃO E CANTO DE ENTRADA: O canto deve expressar a alegria de quem vai participar da Eucaristia. De preferência se faz à procissão pelo corredor central da igreja. Os coroinhas vão à frente do presidente da celebração. Quando se utiliza o insenso, o padre incensa o altar. 

SAUDAÇÃO: O presidente da celebração começa fazendo o sinal da cruz, pronunciando (ou cantando) as palavras: Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Significa que todos estão ali reunidos em nome da Santíssima Trindade.

ATO PENITENCIAL: Os membros da assembléia pelo ato penitencial, expressam sua franqueza, fazem um ato de humildade e invocam o perdão e a ajuda de Deus, a fim de poder ouvir com maior proveito sua Palavra e comungar mais dignamente o Corpo e Sangue de Cristo. Durante o ato penitencial pode haver aspersão em recordação do batismo.

GLÓRIA: é um hino antiqüíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Deus Filho. É um cântico transbordante de alegria, confiança, humildade e que dá ao inicio da Eucaristia, um tom de festividade: o olhar da comunidade está posto na glória de Deus. Por isso, para ser cantado deve-se respeitar seu conteúdo original, ou seja, o aspecto trinitário. É cantado ou recitado em todas as celebrações exceto no tempo do Advento e da Quaresma.

ORAÇÃO DO DIA: O sacerdote diz à oração que se costuma chamar "coleta", pela qual se exprime a índole da celebração. Conforme antiga tradição da Igreja, a oração costuma ser dirigido a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo e por uma conclusão trinitária, “Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.


LITURGIA DA PALAVRA

AS LEITURAS: previstas para a celebração dominical são três, mais o salmo responsorial. A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da Liturgia da Palavra, por isso sua proclamação é cercada de gestos de apreço, como a aclamação, e nas celebrações solenes, a procissão com o evangeliário, o uso de tochas e o incenso. A primeira leitura é uma passagem tirada do Antigo Testamento, o salmo responsorial é um canto que nos ajuda a entender melhor a mensagem da primeira leitura, já a segunda leitura é uma passagem tirada do Novo Testamento, de uma das cartas (epístolas) dos Apóstolos. Nas celebrações de segunda a sábado acontecem apenas uma leitura e mais um salmo responsorial.
A HOMILIA: A homilia é uma parte da liturgia e vivamente recomendada, sendo indispensável para nutrir a vida cristã. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto do Ordinário, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes.

PROFISSÃO DE FÉ (CREDO): É a adesão dos fieis à Palavra de Deus ouvida nas leituras e na homilia. O Creio é um conjunto estruturado de artigos de fé, uma espécie de resumo da fé crista. Existem dois textos: um mais longo chamado niceno-constatinonopolitano, porque foi fruto dos concílios de Nicéia e Constantinopla. O outro, mais breve e mais utilizado de redação simples e popular, é conhecido como Símbolo dos Apóstolos. Assim, nós recordamos e professamos os grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua celebração na Eucaristia.

ORAÇÃO DOS FIÉIS OU ORAÇÃO UNIVERSAL (PRECES): Assim é chamada por incluir os grandes temas da oração cristã de pedido: pelas necessidades da igreja, pelos governantes, pela salvação do mundo, pelos oprimidos e pela comunidade local.


LITURGIA EUCARÍSTICA

APRESENTAÇÃO E PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS: Os dons apresentados, pão, vinho e água são: “frutos da terra e do trabalho humano”, que vão se tornar o corpo e o sangue de Cristo. Desde os primeiros tempos da Igreja se costumava misturar um pouco de água com o vinho. Simboliza a incorporação (união) da humanidade a Jesus. Nesse momento, a assembléia normalmente realiza a coleta do dinheiro e outros donativos e os leva em procissão até o altar, juntamente com o pão e o vinho. Esse gesto deve ser a expressão sincera de comunhão e solidariedade das pessoas que põem em comum o que possuem para partilhar, conforme a necessidade dos irmãos e para atender as necessidades da própria comunidade. O presidente da celebração, após a apresentação das oferendas e incensação quando houver, lava as mãos. A esse rito, dá-se o nome de lavabo e tem finalidade simbólica. Exprime, para o sacerdote, o desejo de estar totalmente purificado antes de iniciar a oração eucarística, que é o ponto culminante de toda a celebração.

ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS: Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a Oração Eucarística com a oração sobre as oferendas.


ORAÇÃO EUCARÍSTICA

PREFÁCIO: É um canto de agradecimento e louvor a Deus por toda a obra da salvação ou por um de seus aspectos. Conclui-se com o canto do Santo.

INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO (EPICLESE): O padre estende as mãos sobre os dons e pede ao Pai que santifique as ofertas “derramando sobre elas o vosso Espírito a fim de que tornem para nós o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso” (Oração Eucarística II).

NARRATIVA DA INSTITUIÇÃO: O padre repete as palavras que Jesus pronunciou na última ceia, ao instituir a Eucaristia, ao oferecer o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinho, e entregá-los aos apóstolos como comida e bebida dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério.

OFERECIMENTO DA IGREJA E INOVAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO: a Igreja oferece ao Pai, em ação de graças “o pão da vida e o cálice da salvação” (Oração Eucarística II) e pede que “sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito” (Oração Eucarística III).

INTERCESSÕES: Por meio delas se exprimem que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como a terrestre, os santos, a Virgem Maria, São José, os apóstolos e mártires, o papa, o bispo diocesano, e os demais bispos, ministros e todo o povo de Deus e, se recordam os irmãos e irmãs falecidos.

DOXOLOGIA: O sacerdote eleva o pão e o vinho consagrados, corpo e o sangue do Senhor, por quem sobe ao Pai, na unidade do Espírito Santo, o louvor de toda a humanidade, enquanto pronuncia as palavras: “Por Cristo, com Cristo e em Cristo...

RITOS DA COMUNHÃO

PAI-NOSSO: É uma oração de passagem para a comunhão. Ensinada por Jesus, esta oração resume os anseios mais profundos do ser humano, tanto em sua dimensão espiritual, quanto material.

GESTO DA PAZ: Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis se exprimem à comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento. Mediante um aperto de mão ou abraço, expressamos nosso desejo da comunhão com os irmãos e irmãs e ao mesmo tempo incluímos um compromisso de lutar pela paz e a unidade no mundo inteiro.
  
FRAÇÃO DO PÃO: O sacerdote, reproduzindo a ação de Cristo na última ceia, partiu o pão em vários pedaços. Este gesto significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo (1Cor 10, 17). Durante a fração do pão, a assembléia canta ou recita Cordeiro de Deus. Ao partir o pão, o sacerdote coloca um pedacinho no cálice para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus.

COMUNHÃO: É o momento em que cada membro da assembléia estabelece intima união com Jesus. Alimenta-se do corpo e do sangue do Senhor. Após a comunhão há um instante de silêncio, a fim de que cada cristão que tenha comungado se entretenha no diálogo com Jesus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO: Nela o sacerdote implora os frutos da celebração eucarística e o povo confirma, respondendo amém.

RITOS FINAIS

AVISOS: São importantes para alimentar a vida da comunidade. Se houver homenagens como aniversários, matrimoniais, festividades entre outros acontecem nesse momento.

BENÇÃO FINAL: saudação e bênção do sacerdote, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração sobre o povo, ou por outra fórmula mais solene.



0 comentários:

Papa Francisco

Papa Francisco

:

"Apesar dos nossos pecados, podemos repetir como Pedro: Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo."

ASSINE NOSSO E-MAIL É GRATIS.